terça-feira, 20 de maio de 2014

É o AMOR, e não a VIDA, o contrário da MORTE

Semana de falar de amor e liberdade, amor e desapego, amor e saudades...amor e despedidas!
                                                      Cota se despediu de Migo.
                                                                                      Migo não gostou,
                                                       Deixou Cota triste...
                                                                  Um dia aceitará o que ela lhe disse!
                                      Afinal sentir raiva faz parte da loucura da vida...
                                        Como escreveu a poetisa (Madalena Almeida Ribeiro):
"Você deve estar com raiva
 Louco foi quem não sentiu
 É normal querer vingar-se
 Mas o louco resistiu
 Transformou o que sentiu
 O bom não quer o mal do mau
 O bom quer bem a ambos
 Seja ele um louco dentro
 Ou fora do normal
  Mas enfim não é o final..."


                          Maio faz isso com muita gente, talvez por ser o mês consagrado aos enlaces
                          mês das noivas, mas também de Marias e de tantas Anas
                                                                                                        Mudanas
                         Mudanças sinalizadas no tempo das chuvas.
Início de frio nas bandas de cá, como também o mês que antecede o meu nascimento, enfim...nos deixa mais suscetíveis a buscar tanto entendimento e compreensão do que já trazemos dentro da gente e não sabemos...das mortes e vidas que passamos quando nos permitimos ir ao encontro do outro.

E como o universo nos traz sempre o que buscamos, me chegou esse trecho de um livro de Roberto Freire, "Coiote", escrito em 1986. Um diálogo de Rosário e Rudolf Flugel:
"Rirmos. Um riso tenso e angustiado. Simultaneamente nos achegamos mais ao foco da luz. Para isso tivemos de trançar nossas pernas, umas sobre as outras. A mancha vermelha ficou limitada ao pequeno losango que elas formavam.
- Eu tenho uma teoria sobre o amor, a vida e a morte. Se você me ajudar posso tentar explicá-la.
- Eu não tenho teoria alguma sobre o amor, a vida e a morte, Rosário. Gostaria de acreditar na sua.
- Cada pessoa precisa encontrar toda a capacidade de amar dentro de si mesma, sozinha.
- Então, o amor já está pronto, todo, dentro de nós mesmos.
- Quem não tem o controle de todo o seu potencial de amor, quando encontra alguém apenas parasita o amor do outro.
- E isso não é amor...
- Não, é o contrário do amor.
- Assim, um parasita o amor do outro, para completar o amor que está lhe faltando para viver.
A mancha ficou menor. Eu subi um pouco mais minhas pernas sobre as de Rosário, conforme a mancha diminuiu.
- Cada pessoa precisa encontrar toda a capacidade de viver em si mesma.
- Então, a vida está toda dentro de nós mesmos, sozinhos...
- Quem não tem o controle de todo o seu potencial de viver, quando encontra alguém parasita a vida do outro.
- E isso não é vida.
- Assim, um parasita a vida do outro, para completar a vida que está lhe faltando para morrer...
- Cada pessoa precisa encontrar toda a capacidade de morrer dentro de si mesma, sozinha...
- Então, a morte está toda dentro de nós mesmos...
- Quem não tem o controle de todo o seu potencial de morrer, quando encontra alguém, parasita a morte do outro.
- E isso não é morte...
- Não, é o contrário da morte. E o contrário da morte não é vida."

Chegando perto de fechar esse ciclo...a celebre frase que mexeu com toda a geração de 70:
                " É O AMOR, E NÃO A VIDA, O CONTRÁRIO DA MORTE."
Morremos de amor
Vivemos por amor
Por amor enlouquecemos
Sem amor esvaziamos
Por ele morremos
Por ele renascemos..e o ciclo?
É infindo!



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