Na estação húmida cobrem-se de folhas verde-escuro, com cinco dedos, que imitam mão na ponta dos longos e ossudos braços da copa. Durante a estação seca mostram uma copa despida com uma sombra ténue que contrasta com a do tronco. A madeira porosa armazena quantidade prodigiosas de água, o que permite enfrentar longos períodos de seca e resistir aos fogos. Um outro nome para o embondeiro é árvore-garrafa, porque se pode fazer um furo no tronco e recolher água.
A imagem habitual do embondeiro é a da estação seca. Apesar do seu aspecto peculiar, parecendo uma árvore morta, não consegue disfarçar a vida que pulsa atrás da casca grossa.
O embondeiro é parte integrante da cultura de muitos povos. Nas zonas mais desérticas, um baobá, como é chamado noutras partes de África, significa gente. As aldeias desenvolvem-se à volta da árvore que sempre existiu e que nunca foi nova. De uma certa maneira é a árvore da Criação. Nasceu com o mundo, já velha. Respeita-se os mais-velhos. O seu saber é imenso. Há um provérbio que diz “A Sabedoria é como o tronco do embondeiro. Uma só pessoa não o consegue abarcar”.
A sua imagem de marca, com os ramos nus e revoltos faz com que às vezes seja chamada de árvore de pernas-para-o-ar. Há várias lendas que sustentam este nome. A mais comum é a de que depois da Criação, cada animal foi incumbido de plantar uma árvore e que a hiena plantou o baobá de pernas para o ar. Os árabes têm uma versão em que o Diabo desenterrou a árvore, enfiou os ramos na terra e deixou as raízes no ar.
Eu vou contar a historia do embodeiro pra Muleca e pra Bel (que ama baobás)... Cris, coleta mais historias como essas, as crianças como eu vão amar! De quem está perto de você, na África...
ResponderExcluirGueu