quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Dor que teima em viver

                                         Afinal o que seria da vida sem a morte?
"Todos os homens são mortais" um livro escrito por  Simone de Beauvoir, fala sobre a necessidade da vida  nunca acabar, com um elixir da imortalidade, um personagem torna-se imortal e tem que conviver com o que ele perde na vida em séculos de existência...um livro que nos faz crer da importância de encerrar etapas, de terminar algo para poder novamente ter um outro começo...
Hoje me vi pensando no momento da minha vida, em que preciso mais uma vez encerrar uma fase, em que preciso enfrentar o luto da perda de algo que parecia grandioso mas que perdeu o sentido diante da decepção momentânea...é como se de repente você colocasse toda a sua energia na concretização de um desejo e as respostas que o universo te dão são sempre nebulosas e negativas, você então se vê perdendo energia, vitalidade e a cada morte diária uma lágrima que se perde e nunca mais voltará...até que um milagre acontece, algo faz com que você acorde e chute o balde do que era um sonho para bem longe! Dói perceber isso...dói por dentro, dói por fora!
É quando o sonho vira um pesadelo e você só precisa acordar e encarar que está tudo errado
Não dá para aceitar que tudo tem que ser com dor pois a vida é bela!
E realmente  nem tudo tem que ser dor!
Assim me vi conversando com um poeta que transita pelo espaço que convivo
Ele se livrando da dor da separação de seu par
Eu lembrando das minhas separações
Ele me convencendo que nem tudo são flores e que o ódio e a raiva destroem a beleza da vida
Eu lembrando que se existe ódio é por que ainda existe amor
Ele me falando da necessidade de evoluirmos trilhando caminhos de pedras, paus e pregos
Eu lembrando que essas pedras é que nos deixam fortes para prosseguir...
Prosseguimos trocando ideias, palavras, conforto...
Recebi seu poema que fez para registrar a marca da dor que lateja:
                                                 Dor viva

Ah! Mas essa dor da vida que me devora !

Poderia se curar com o passar do tempo

Mas o tempo me devora mais e mais

Nas manhãs cinzentas ela fica mais intensa

E ao anoitecer ela me traga

E aguardo que a vida me regurgite

Sem dor, Sem fome ou velhice!

Patric Adler

Bem devagar...devagarinho o tempo vai trazendo luz para essas dores, o tempo e o acalmar do espirito vai nos fazendo clarear o que antes era só um lugar escuro e triste...
De uma coisa temos certeza, o sol brilha a cada amanhecer do dia!
Que venha o novo tempo!



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