Gosto de lembrar dessa imagem quando penso nos meus 3 amores
que um dia pus no mundo.
Do laço que nos une, de amor, de sangue, de cumplicidade e
amizade.
Assim seguimos...ora unidos, juntos a um objetivo, a um
interesse comum, ora separados fisicamente mas unidos no laço que nos trouxe a
vida.
Essa semana em festa...celebrando a chegada desse meu
primeiro grande amor, que se fez menino-garoto-homem, grande parceiro na luta
pela sobrevivência...lembrar do tempo passado é lembrar das traquinagens, risadas,
conquistas e desafios vencidos. Também lembrar das noites de febres, tosses,
viroses, quedas e arranhões. Estudos, notas, boletins, brigas e amizades
cultivadas...
Bom poder falar sobre esse amor que nos une, dizer para todo o mundo ouvir do quanto crescemos e amadurecemos navegando nos nossos barcos, momentos juntos, momentos separados...mas um amor pra toda vida!
E trago Quintana e sua poesia sobre laço, abraço...
(Mário Quintana)
Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço...
uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula
e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo
isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no
cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando...devagarzinho, desmancha,
desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a
qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de
amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os
laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de
fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não
sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
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